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sexta-feira, 6 de agosto de 2010


Diálogo misterioso entre a Luz e a Escuridão

Tudo começou, exatamente, por não haver o que falar. Apenas o vento varria os campos e os restos...e os restos deles iam com o vento varrer outros campos...e assim o vento ia...levando os restos...dos restos...deles...

Luz: O que você faz quando chove dentro de você? Como hoje a tarde eu vi.

Escuridão: Eu me afogo...depois me salvam...depois me fazem florir.

Luz: Como é se afogar por dentro então?

Escuridão: É poder saber que não existe mais nada...é não ter mais sede...e por isso, entregar-se...ao afogar-se.

Luz: Isso seria a causa de uma dor, pois me diga uma!

Escuridão: A perda do grande amor.

Luz: A perda do grande amor, beirando o clichê, apesar d'eu ter que concordar com o senhor!

Escuridão: Nunca será um clichê...a vida pode ser, porém o amor não...Eros é parte de nós...ou melhor, para quem o aceita...viu?

Luz: E para quem não aceita...qual a receita?

Escuridão: Uma pena...piedade. E para você...o que é o Eros?

Luz: Eros, um belo nome, cheio de interpretações, além de ser eternamente uma referência ao amor.

Escuridão: Muito vaga a resposta, porém tudo bem!!

Luz: Isso não quer dizer que eu seja superficial.

Escuridão: Eu não disse isso...quem fala é você!

Luz: Existem coisas que não dá para colocar em palavras, concorda?

Escuridão: Sim, e que não fiquem guardadas dentro de mim...com vontade de expressá-las. O silêncio é um alívio, como diz o poeta, mas pode calar muitas coisas que poderiam mudar tudo...num instante, concorda?

Luz: De fato, isso é uma verdade, mas ás vezes mudar pode significar algo ruim também, uma vez que pensamos muito e em silêncio, o resultado final é que não dá para escutar o barulho que faz dentro de nós...dentro de mim.

Escuridão: Você é mais razão ou emoção?

Luz: Emoção, e o engraçado é que o problema do homem moderno é exatamente o contrário. O homem moderno é razão, pé no chão. Talvez, por isso, eu sofra.

Escuridão: Você me parece mais razão...é, eu errei.

Luz: Nem sempre somos como os outros nos veem!

Escuridão: E as atitudes, não mostram nada? Ou é só uma "Persona"? Hein?

Luz: Pode ser, talvez seja uma forma de defesa, ou mesmo a falta dela.

Escuridão: Já fui assim...ou sou assim...mas me permiti e é isso aí!

Luz: Estamos em eterno processo de mudança, todos os dias amanhecemos diferentes, de uma certa forma. Mas me diz, como faz pra pensar menos e viver mais?

Escuridão: Não sei, mudanças...mas sempre tentando preservar a nossa essência...se não, voltamos ao zero.

Luz: Não tem como zerar esse cronômetro, meu caro! A contagem é regressiva.

Escuridão: Mudanças não, melhor ainda...as máscaras! Postas por nós ou pelos outros. Com isso você tem que concordar.

Luz: Eu não tenho que concordar com nada, essa pode ser a sua Verdade. Apesar dela não existir!

Escuridão: Não?! Então, o que seria a Verdade?

Luz: Não existe verdade absoluta. O que pode vir a ser verdade para você, pode não ser a minha. Diante disso, acabamos com a verdade!

Escuridão: Concordo com você sobre isso.

Luz: Então me diz, o que seria mentir? Diante dessa constatação.

Escuridão: Mentir? Como assim?

Luz: Isso mesmo, defina "mentir" por favor!

Escuridão: Como dizem, um discurso contrário à verdade, quando você faz acreditar que é!

Luz: Poís brincaremos de fazer acreditar e dessa forma poderemos tornar as coisas menos dolorosas e as verdades alheias se tornarão nossas também!

Escuridão: Então, para você não existe mentira absoluta?

TO BE CONTINUED...

Texto escrito por "bemlongedemim" e "restodemim-disfarcaechora"

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Para qualquer lugar

É sempre assim, quando o dia amanhece ele levanta, vai até a janela, pega o sol e coloca no bolso esquerdo da calça, senti aquele calor inundando de suor tudo por dentro e vai...para qualquer lugar.
É sempre assim, quando o dia anoitece ele vai até a janela, pega a lua e coloca debaixo do travesseiro, se deita, míngua, ás vezes cresce e fica cheio de lua cheia, transbordando, inundando a cama de devaneios.
Adormece e vai... para qualquer lugar.