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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Nosso Senhor tem cada morador, mas que horror!

          Talvez seja por isso que se estejam as coisas do jeito em que se vê. Sair do trivial, deixar de fazer o "papai mamãe" de todo dia. Há que se querer, há que se estar excitado, a cada dia, a todo instante.
          O T-zão começa no sacolejo da vida, acaba no caixão bem fundo no chão do comodismo nosso de cada dia e todo mundo tem "aquela velha opinião formada sobre tudo". É muito Paulo Coelho querendo ser Clarice!
            Pois é, por isso que temos tanta Idiotice, isso mesmo: Idiotice!! Um desejo tolo, torpe. Vivemos em uma sociedade controversa, paradoxal. Como se pode ter tanta informação e, ao mesmo tempo, tanta alienação? Suspeito que seja a própria informação. Um tiro no pé.
           Superficialidade que transborda, geração dos: "achismos", do mundo virtual, da realidade sem sal, do pagou-passou, da foda sem capa. Por que ler livros hoje em dia se tornou um hábito tão vintage?
          Nesse contexto, nós, da década de 80, somos vistos meios como ET's, estranhos, avatares. Parece que somos errados por termos nascido em uma época em que se ia à biblioteca e se pesquisava, em que havia a emoção da música da Rosana, da Jane Duboc ou mesmo - e por que não? - da canção de natal da Xuxa. Era um momento bom, que me traz, sim, nostalgia à boca, à memória.
           É por isso que adoro dezembro! Amo celebrar a hipocrisia, a família tradicional brasileira reunida na Santa Ceia. Jesus nasceu!! Ho Ho Ho!! Abraços calorosos, promessas de encontros frequentes, facada nas costas e muito amor. Pois no facebook, todo mundo é feliz, gosta de receber likes e de fazer a egípcia também.

(Ma Vie e R.F.)

"Mas minha alegria.
Minha ironia.
É bem maior do que essa porcaria."
(Caetano Veloso)

P.S.: Texto escrito a quatro mãos. Rafael Dantas, parceiro de trabalho e de divagações sobre a arte de focar no infinito e fingir demência.