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segunda-feira, 23 de maio de 2011

TOC

Tem dias que a inspiração não vem

Eu não venho

Nada vem

Fico assim...em silêncio...............................................

Ouvindo apenas o barulho da angústia fazendo a festa aqui dentro de mim

Enquanto o anti-vírus faz uma verificação completa no meu sistema nervoso

Resultado: Sistema Nervoso

Ataque cardíaco

Sensação de morte eminente

Bipolaridade

TOC


TOC com a ponta dos seus dedos, com a mão, com o corpo, com a alma...mas TOC

Descubra o que tem aqui dentro

E me diga se o que bate em mim é mesmo um coração

Se for mesmo um...diga para ele que aqui fora faz frio

Diga para ele que me TOC

Que cuide de mim e me coloque para dormir

Que segure na minha mão e me faça feliz!





"Ter saudade até que é bom.

É melhor que caminhar vazio"

(Peninha)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Sabemos o que somos, mas não o que podemos ser..."



"Nós namoramos seis meses, terminamos por uma incompatibilidade e por orgulho, nos mantivemos afastados. Há nove meses ela sofreu um acidente de carro, faleceu aos 25 anos. Todas as noites eu digo que a amo, e repito todas as manhãs, na esperança de que em algum lugar ela ouça, mas sei que não é suficiente. Hoje eu sei que devia ter ido atrás dela, telefonado dizendo que ela era a luz de minha vida, mandado flores, bombons, cartões, ter pendurado uma faixa na porta da casa dela, pichado o muro com o nome dela, fazer de tudo para demonstrar meu verdadeiro amor, mas eu não fiz.


Os meus "amigos" diziam, seja homem, não se humilhe para ela. Não é preciso ser "homem" para ser orgulhoso, pois isso não requer força, é preciso ser "homem" para ser humilde, isso sim é difícil. Ela me amou, morreu me amando e sei disso. Eu a fiz chorar muitas vezes e tenho vontade de me bater qdo penso nisso. Queria poder reverter cada lágrima dela num momento de alegria,mas, já não posso fazer isso.


Eu penso nos filhos que poderíamos ter tido,na velhice juntos, com a qual eu nunca deixei de sonhar, no filme romântico que ela queria ver e eu achava bobagem, nos momentos que eu desperdicei estando longe dela. Eu me enganei, achei que ela sempre estaria ali, me esperando, mas, ela não esperou. Eu hoje procuro a paz de muitas formas, religião, já passei por todas, psicólogos, yoga, e esportes, de nada adianta.


Uma vez fui visitar uma cidadezinha chamada Lorena, fiquei num sítio com amigos. Numa noite, na beira da fogueira, qdo se contam "causos", eu contei minha história, havia umas 15 pessoas, todos jovens, só um senhor bem de idade, todos se emocionaram, menos ele, eu achei que nem estava prestando atenção, parecia ser um homem muito simples, achei que fosse incapaz de entender o que eu estava dizendo. Eu terminei minha história dizendo que o pior de tudo era saber que não havia nada a fazer. Alguns se levantaram, e eu fiquei lá, até o fogo acabar, todos foram embora, menos o senhor, ele ficou lá comigo e me disse que ainda havia o que fazer, contar minha história, a tantas pessoas qto conseguisse, ser chato, insistente, tentar fazer com que entendessem e não errassem como eu errei. Desde então, eu envio a minha história por e-mail e peço que as pessoas repassem para tantas pessoas qto conheçam.


Se vc não der importância p/ esse e-mail e nem repassá-lo, seu cachorro não vai morrer, vc não perderá seu emprego, nem irá bater o carro. Mas se não ligar, pode errar como eu errei e perder o amor de sua vida, como eu perdi. Se você ama alguém, telefone e diga, escreva uma carta, faça uma serenata, mande um cartão, mande um e-mail, com três palavras: EU AMO VOCÊ. Pouco importa que ela ou ele estejam com outro, pouco importa que vc esteja com outra, o amor só acontece uma vez, e, se vc tem a opção que eu não tenho, não a deixe passar."



" Sabemos o que somos, mas não o que podemos ser.."







P.S.: Não sei quem é o autor desse e-mail, talvez para ele não fosse importante se identificar, pois a mensagem a ser transmitida é o que realmente importa.

Eu recebi esse e-mail fazem alguns muitos anos e sempre passeio por ele, para poder renovar meus votos de não cair no mesmo erro, embora tenha acontecido vez por outra...




Hoje eu resolvi compartilhar...








terça-feira, 10 de maio de 2011

Música de cabeceira...

“A tristeza é um bichinho
Que pra roer tá sozinho
E como rói a bandida
Parece rato em queijo parmesão”
Adoniran Barbosa



A tristeza que balança pede passagem. E atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor. Se não sofreu é porque não viveu. Nem amou ainda. Mas nós, que amamos e sofremos, temos um cancioneiro inteiro a favor da nossa dor de cotovelo bem curtida. Temos muitas boas companhias pra encostar a cabeça no travesseiro e soluçar até dormir. A benção Vinícius, Tom, Chico e Caetano. A benção Lupiscínio, Noel, Adoniran, Ataulfo, Benito, Erasmo e Roberto. A benção Wilson das Neves, Paulinho da Viola, Zé Miguel Wisnik e Jenecy. A benção Cazuza, Marcelo Camelo, Arnaldo Antunes, Otto e Nando Reis. A benção Elis Regina, Maria Bethânia, Gal, Nana e Nara. A benção Maysa, Dolores e Elizeth Cardoso. A benção Odair, Waldick, Reginaldo, Márcio Greick, Amado Batista e Diana. A benção Claudinho e Buchecha, Leandro e Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano. A benção Calcanhotto, Marisa Monte, Marina. A benção Roberta Sá, Vanessa da Mata, Mariana Haiddar e Nina Becker. E todos que nos fazem suspirar, que suspendem o tempo a cada estrofe cantada, que golpeiam sem dó nossos corações vagabundos e que assim nos deixam ainda mais bonitos. Sim, porque, como bem ensinou o poetinha, o mais preto dos brancos, o mais triste dos alegres, viver sem sofrer:
“é como amar uma mulher só linda

E daí? Uma mulher tem que ter

Qualquer coisa além de beleza

Qualquer coisa de triste

Qualquer coisa que chora

Qualquer coisa que sente saudade

Um molejo de amor machucado

Uma beleza que vem da tristeza”.
Mas lembrem-se, tristes queridos, a tristeza tem sempre uma esperança de não ser mais triste não... vamos tentar juntos? Toda terça-feira, no Flórida, a partir de 18 horas, o projeto Micro Sistem - Música de Cabeceira, com a Dj Renatinha, põe para tocar a trilha-sonora de quem não tem medo de amar e sofrer. Que venha a catarse coletiva!


[TEXTO ETHEL DE PAULA]


P.S.: Eu Vou!!!

domingo, 8 de maio de 2011

Posso Errar? - Por Leila Ferreira



Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?


O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.


E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de per feição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.


Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.


O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.






Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro "Mulheres – Por que será que elas...,"

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tu Tens um Medo

Acabar.

Não vês que acabas todo o dia.

Que morres no amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que te renovas todo dia.

No amor.

Na tristeza

Na dúvida.

No desejo.

Que és sempre outro.

Que és sempre o mesmo.

Que morrerás por idades imensas.

Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

Não ames como os homens amam.

Não ames com amor.

Ama sem amor.

Ama sem querer.

Ama sem sentir.

Ama como se fosses outro.

Como se fosses amar.

Sem esperar.

Tão separado do que ama, em ti,

Que não te inquiete

Se o amor leva à felicidade,

Se leva à morte,

Se leva a algum destino.

Se te leva.

E se vai, ele mesmo...

Não faças de ti

Um sonho a realizar.

Vai.

Sem caminho marcado.

Tu és o de todos os caminhos.

Sê apenas uma presença.

Invisível presença silenciosa.

Todas as coisas esperam a luz,

Sem dizerem que a esperam.

Sem saberem que existe.

Todas as coisas esperarão por ti,

Sem te falarem.

Sem lhes falares.

Sê o que renuncia

Altamente:

Sem tristeza da tua renúncia!

Sem orgulho da tua renúncia!

Abre as tuas mãos sobre o infinito.

E não deixes ficar de ti

Nem esse último gesto!

O que tu viste amargo,

Doloroso,

Difícil,

O que tu viste inútil

Foi o que viram os teus olhos

Humanos,

Esquecidos...

Enganados...

No momento da tua renúncia

Estende sobre a vida

Os teus olhos

E tu verás o que vias:

Mas tu verás melhor...

... E tudo que era efêmero

se desfez.

E ficaste só tu, que é eterno.


Cecília Meireles

segunda-feira, 2 de maio de 2011

9 hs.................................




5 horas da manhã, 5 horas

5 horas e eu ainda aqui

5 horas, o encanto quebrou-se

Há tanto tempo esperando a resposta,

Eu já esqueci a pergunta

Se você se sente assim tão só,

Vai se amar em cada um (ou se odiar)

Já disse tudo e sempre há um crime

Não sou perfeita assim

Já disse e as palavras se atropelam

Espero um dia ainda consertá-las



No escuro, purpurina

Bolhas, plumas e glacê

Fotos tiradas por luzes estroboscópicas

O que sobrar sou eu, esperando aqui por você

Sem você



P.S.: Letra da banda Alcalina, Made in Ceará.

E até hoje ecoa nos meus ouvidos...