Hoje não faz tanto frio, apenas chove dentro de mim! Sinto o calor do meu corpo, ainda vivo, fazer evaporar o dilúvio calmamente. Transbordo pelos poros, pelas lágrimas e pelas órbitas ainda doloridas. Acho que preciso transpor as barreiras do infinito e chegar a lugar nenhum. Talvez lá o sol tenha a cor daquela flor que morreu em cima da mesa por falta de calor, água e amor. Vejo um beija-flor solitário, acredito que ele espera encontrar sua flor preferida. Provavelmente a finada flor, a preferida, está no vaso sob a mesa compondo o ambiente com sua natureza morta. Pelo menos ele voa. E eu? Vejo as flores morrerem. Outras nascerem. Mas o sol ainda não mudou de cor. Ou será que mudou e eu não percebi? Talvez, esquecer das coisas simples da vida é muito simples mesmo! Perceber que o simples começa a aparecer quando dá lugar ao complexo. É, acho que agora está tudo claro, mas não vou colocar óculos escuros. O que menos preciso é de ver tudo cinza! Isso, meu bem, é coisa de quem vive em preto e branco. Eu quero mesmo é viver no colorido, no bater asas, no evaporar, no sentir, no andar, no gozar interminávelmente e no amar, mesmo que ele chore de vez em quando...
viver colorido é, sem dúvida, a melhor opção!
ResponderExcluirvou estar sempre aqui. beijos