Eu andei pela beira do mar.
Distante de mim e do tempo.
Único, absoluto, abstrato e abduzido.
Caminhei e me deparei com uma conchinha muito bonitinha.
Onde era escuridão e medo, virou um imenso clarão.
"Não estou mais só!", pensei. Peguei a conchinha, pus no bolso e fui ser feliz.
Coloquei-a na cama, pois daquele dia em adiante ela ficaria eternamente ali.
Hoje de manhã, quando acordei, lá estava a conchinha dormindo, conchinha que dorme feito conchinha.
Importante mesmo é ser feliz e sobreviver a tempestade, e a última demorou tanto.
Nublado, essa era a cor do meu arco-íris.
Horas, dias, meses, segundos, não conseguia mais controlar o relógio, parei de contar...
Agora, que minha conchinha me roubou a solidão, eu conchinho feliz e tu, conchinha??
P.S.: Frase título é de Caio Fernando Abreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário