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domingo, 17 de abril de 2011

"Nem toda distância é ausência"

Eu andei pela beira do mar.

Distante de mim e do tempo.

Único, absoluto, abstrato e abduzido.

Caminhei e me deparei com uma conchinha muito bonitinha.

Onde era escuridão e medo, virou um imenso clarão.

"Não estou mais só!", pensei. Peguei a conchinha, pus no bolso e fui ser feliz.

Coloquei-a na cama, pois daquele dia em adiante ela ficaria eternamente ali.

Hoje de manhã, quando acordei, lá estava a conchinha dormindo, conchinha que dorme feito conchinha.

Importante mesmo é ser feliz e sobreviver a tempestade, e a última demorou tanto.

Nublado, essa era a cor do meu arco-íris.

Horas, dias, meses, segundos, não conseguia mais controlar o relógio, parei de contar...

Agora, que minha conchinha me roubou a solidão, eu conchinho feliz e tu, conchinha??


P.S.: Frase título é de Caio Fernando Abreu.



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